“A maior ameaça ao futuro da humanidade e a outras formas de vida são as mudanças climáticas. O oceano é o grande regulador do clima no planeta. Por isso é fundamental monitorar o oceano para prever onde e quando essas mudanças ocorrerão e com qual intensidade, de modo a minimizar os danos. O Atlântico Sul e Tropical são muito pouco monitorados e muitos fenômenos que ocorrem nessas regiões afetam o clima em todo o mundo.”
A ONU declarou a década de 2021 a 2030, como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, ou simplesmente: Década do Oceano.
Essa iniciativa da ONU foi proposta para unir a ciência, o poder público, as empresas e a sociedade, em geral, em prol da sustentabilidade do Oceano.
Será através do conhecimento e da conservação que poderemos proteger e mesmo recuperar áreas marinhas degradadas, trazendo enormes benefícios para humanidade e para saúde do Oceano. Para isso será necessário investir em pesquisa, inovação tecnológica, divulgação e conscientização da população.
A inovação tecnológica terá um papel fundamental nesse processo. A ONU escreve em um de seus documentos: ”A Década irá mobilizar recursos e inovação tecnológica em ciência oceânica necessários para entregar os principais resultados à sociedade”.
Esses resultados esperados foram definidos em sete metas:
• Um oceano limpo: redução de plásticos e outros poluentes como esgoto, óleo e metais pesados;
• Um oceano produtivo e sustentável: garantia de alimentos com sustentabilidade;
• Um oceano saudável e resiliente: ecossistemas marinhos identificados e protegidos;
• Um oceano seguro: população protegida dos riscos oceânicos, como erosão costeira, ressacas e tsunamis;
• Um oceano transparente: acesso livre a todas as informações, dados e tecnologias;
• Um oceano previsível: esclarecer a sociedade sobre as condições oceânicas presentes e futuras;
• Um oceano conhecido e valorizado por todos.
Somente um esforço mundial, liderado pela ciência, poderá alcançar todos esses objetivos!
Precisamos, urgentemente, despertar o interesse dos jovens e crianças pela ciência e tecnologia. A exploração espacial tem esse poder, mas infelizmente não temos, ainda, a tecnologia e os recursos financeiros para tal...
Mas e se nós tivéssemos um planeta desconhecido aqui pertinho para explorarmos?! Sim nós temos! "O Planeta Oceano!" "O Hidroespaço." O Oceano encanta, apaixona, desperta a curiosidade. Só conhecemos 5% desse misterioso território que ocupa 70% do nosso planeta.
O LabTecMar pretende fazer no fundo do mar o que a NASA faz no espaço: enviar “hidro-espaçonaves” robôs as profundezas do oceano e instalar, lá, estações de pesquisa autônomas e que geram sua própria energia.
Será a divulgação de projetos, como esse, que ajudarão a despertar o interesse da população, em especial dos jovens e crianças e também promoverão a disseminação da cultura oceânica.
Outra iniciativa será a divulgação da robótica educacional subaquática, com a realização de competições. Em outros países, isso já é uma realidade há muitos anos. Assista!
O LabTecMar está desenvolvendo tecnologia de baixo custo, para a construção desses robôs subaquáticos educacionais. Assista!
Outra questão muito importante é incentivar as meninas a participarem.
O Observatório Oceânico do Atlântico Sul e Tropical (AtlantiS-T) é uma proposta para criação, no Brasil, de um Centro de Pesquisa Oceânica, particular, independente e alicerçado em tecnologia e inovação.
mais de 50 por cento do oxigênio que respiramos é produzido por minúsculas algas que flutuam no oceano, chamadas de fitoplâncton.
conhecemos mais sobre a superfície da lua, que sobre o fundo do oceano.
o oceano é um grande reservatório de calor e isso influencia significativamente o clima do planeta.
o clima global é fortemente influenciado pela quantidade de calor que o Atlântico Sul transporta para o Atlântico Norte.
é fundamental estudar o oceano, para se compreender as mudanças climáticas que vêm ocorrendo.
as principais espécies de peixes que são capturadas para o consumo estão desaparecendo.
vários medicamentos foram descobertos a partir de pesquisas com organismos marinhos.
os corais estão morrendo ou doentes, em todo o mundo, devido ao aumento da temperatura e acidificação do oceano.
embora os recifes de coral cubram apenas menos de 0,5% do fundo do oceano, 90% das espécies marinhas dependem direta ou indiretamente deles.
o oceano é o maior bioma do planeta e estimativas indicam que conhecemos apenas um terço da sua biodiversidade.